Estabelecimentos aderem a campanha contra violência sexual infantil
Ação coordenada pela Seprev distribui panfletos e cartazes em restaurantes, bares e hotéis da região
sábado, 07 de maio de 2016 às 00h00
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Os estabelecimentos comerciais e turístico da Região Norte de Alagoas receberam, neste sábado (7), as primeiras ações da campanha de combate à violência sexual de crianças e adolescentes. A ação contou com uma distribuição de materiais de divulgação e informativos que visam acabar com a exploração e o abuso infantil.
A atividade, coordenada pela Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), passou por diversos bares, restaurantes e hotéis, onde foram tiradas dúvidas sobre a campanha. A ação integrou o cronograma do órgão durante a terceira edição do Governo Presente.
Segundo o superintendente da Criança e do Adolescente da Seprev, Ronaldo Targino, a campanha, lançada na região na sexta-feira (6), será estendida para todos os municípios do Estado. “Começamos aqui no Litoral Norte, sobretudo em Maragogi, por ser um dos maiores polos turísticos do estado e por possuir, segundo algumas pesquisas, uma grande concentração de prostituição infantil”, explicou.
Para Targino, é de extrema importância a participação efetiva dos donos desses estabelecimentos nesta campanha que vai auxiliar na diminuição da criminalidade no estado. “Esta é uma ação que deve ser trabalhada em conjunto com todos os atores locais. Por isso estamos fazendo um apelo aos empresários para que eles sejam o olho fiscalizador e que, em caso de registro de exploração ou abuso sexual, saibam como denunciar”, disse.
O abuso sexual envolve contato sexual entre uma criança ou adolescente e um adulto ou pessoa significativamente mais velha e poderosa. Já a exploração sexual é quando se paga para ter sexo com a pessoa de idade inferior a 18 anos. As duas situações são crimes de violência sexual.
“Em qualquer um dos casos de violação ao direito da criança e do adolescente, a população pode realizar a denúncia de forma sigilosa através do número do Disque 100. A ligação é totalmente gratuita”, explicou o superintendente.
Para Givaldo de Oliveira, proprietário de um bar na orla de Maragogi, a campanha é bastante necessária e espera que com ela os números de casos de prostituição infantil seja reduzido. “Estamos sempre em alerta. E essa campanha vai nos auxiliar muito na identificação dos casos e na denúncia para acabar com essa prática aqui na região”, salientou.
A ação contou com a parceria do Conselho Estadual dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes (Cedca), da Secretaria Municipal de Assistência Social de Maragogi e do Conselho Tutelar.
