Jovens da Unidade de Internação Feminina participam de baile de carnaval

Iniciativa faz parte das atividades do projeto Cultura Socioeducativa, que propõe inserir socioeducandas no universo cultural

quarta, 03 de fevereiro de 2016 às 00h00

126

Jovens das Unidades de Internação Feminina participaram, nesta terça-feira (2), de oficinas de arte promovidas pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em parceria com a Secretaria de Prevenção à Violência (Seprev), por meio da Superintendência de Medidas Socioeducativas. A iniciativa faz parte das atividades do projeto Cultura Socioeducativa, que propõe capacitar e inserir adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas no universo cultural. 

Durante o mês de janeiro, os jovens que cumprem medidas socioeducativas nas unidades de internação em Alagoas participaram de oficinas de máscaras de carnaval e Bumba Meu Boi. Para finalizar o curso, jovens da Unidade de Internação Feminina, localizada na Serraria, participaram, nesta terça-feira (2), do baile de carnaval, onde apresentaram e desfilaram o material produzido, , ao som da Orquestra Meninos de Ouro. Na próxima quinta-feira (4), a Unidade de Internação Masculina também receberá a atividade.

De acordo com o superintendente de Formação e Difusão Cultural, Edlúcio Donato, o projeto é uma maneira de tirar os jovens infratores da ociosidade e ocupar a mente com atividades culturais. “Já realizamos várias oficinas em 2015 e estamos dando continuidade em 2016 às atividades nas unidades de internação. A cultura é uma ferramenta fundamental para a ressocialização desses jovens e combate a criminalidade”, disse Donato.

Para a psicóloga da Unidade de Internação, Monysy Sarmento, “é muito positivo o trabalho de levar a cultura para dentro da Unidade de Internação Feminina, mostrando a essas adolescentes que é possível curtir e brincar longe dos fatores de risco que o mundo lá fora oferece para elas". 

A professora e artesã Vânia Oliveira, Patrimônio Vivo de Alagoas, mergulhou no projeto e interagiu com as meninas. “É através dessa demonstração de cultura que a gente pode recuperar essas adolescentes. A cultura, a arte, tira qualquer pessoa da marginalidade, basta a gente colocar pra frente”, disse a mestra.

“É muito bom ter essa atividades sendo realizadas aqui. Estou gostando muito e aprendendo bastante”, disse E.G., interna de 16 anos.


Últimas Notícias